O secretário de Estado das Finanças, Manuel Rodrigues, é da opinião que as carteiras de ativos sob gestão das seguradoras nacionais devem acompanhar a recuperação da confiança na economia e do risco da República para se valorizarem.
As declarações foram proferidas aquando de uma conferência de imprensa promovida recentemente pelo regulador nacional de seguros, o Instituto de Seguros de Portugal.
A recuperação na confiança da economia e a melhoria do perfil de risco de crédito da República, manifestam-se agora como uma oportunidade para dar um impulso adicional na valorização das carteiras de investimento sob gestão do setor segurador.
Os ativos geridos pelas seguradoras e pelos fundos de pensões totalizam, hoje, mais de 62 mil milhões de euros, ou seja, um valor de cerca de 38% do PIB [Produto Interno Bruto], com um nível de produção de seguros de cerca de 6,6% do PIB.
Manuel Rodrigues, secretário de Estado das Finanças
Segundo o mesmo responsável do executivo, no primeiro trimestre deste ano, a produção de seguro direto das companhias supervisionadas pelo ISP obteve um crescimento global de 7.8%, face ao trimestre homólogo, situando-se nos 2.8 mil milhões de euros.
Evolução que Manuel Rodrigues não deixou de saudar.
As carteiras de ativos das companhias de seguros são atualmente constituídas por 27 por cento de títulos de dívida pública e por 47 por cento de dívida privada.
"Este setor, tendo uma forte exposição à economia portuguesa, num período de ajustamento difícil, conseguiu mostrar bons resultados e está agora com uma posição mais fortalecida", considerou o secretário de Estado, apontando para os confortáveis níveis de solvência das seguradoras, com a taxa de cobertura da margem de solvência a ultrapassar os 250% no final de 2012.
"Aproveitando esta tendência positiva da economia, é necessário que as empresas do setor possam, primeiro, progredir na valorização dos seus ativos sob gestão e, segundo, melhorar os altos padrões de conduta que têm acompanhado o setor", destacou.
"É também importante continuar a distribuir os produtos pelos consumidores com segurança, o que passa necessariamente pela proteção e pela confiança dos consumidores neste setor, que tem sido um padrão durante este período", acrescentou.
"E continuar a criar novas oportunidades de negócio", lançou, apontando para o aumento da esperança média de vida, que deve merecer um "enfoque especial na poupança".
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